sábado, 21 de dezembro de 2024

Noroeste Paulista ganha o Museu de Paleontologia em Fernandópolis

No último dia 19 de dezembro, a Prefeitura de Fernandópolis inaugurou o Museu de Paleontologia "Prof. Cristovão Souza de Oliveira", o local escolhido é o recém-reformado prédio da estação ferroviária, sendo possível através de parcerias com a Universidade Federal de Brasília, Instituto Federal de São Paulo - Campus Votuporanga e Fundação Educacional de Fernandópolis.

No local mais de 100 fósseis coletados em várias regiões do Brasil estão disponíveis para visitação, entre eles o Baurussuquideo. O fóssil de peça inteira possuí 80 milhões de anos e foi encontrado na zona rural de Fernandópolis e Jales, em afloramentos de arenitos (piçarra).

Para o professor, pesquisador e coordenador do Museu, Professor Doutor Carlos Eduardo Maia de Oliveira (Cadú), o Museu possui peças raríssimas, sendo um dos poucos do estado de São Paulo. Além da exposição de espécies o local contará com uma estrutura para análise de fósseis e recepcionar pesquisadores e amantes da Paleontologia. 

Fóssil encontrado em 2010 no Ribeirão Jagora (região com afloramento de rochas do tipo arenito (piçarra)), em Fernandópolis-SP o crocodilo pré-histórico batizado cientificamente de Baurusuchus pachecoi foi habitante do atual noroeste paulista há 80 milhões de anos, quando na flora da região predominavam as plantas sem frutos (gimnospermas e pteridófitas), não havia grama e o clima era quente (semiárido).

Professor Cadú recepcionando os presentes.

Uma das salas do Museu, onde o visitante tem acesso a elementos e informações sobre a nossa região. 

Professora da rede Municipal de Votuporanga Dra. Elaine Cristina, o Historiador Ravel Gimenes e o Professor idealizador do Museu Dr. Carlos Eduardo. Ao fundo painel retrata como era o ambiente, de Fernandópolis e região, há 80 milhões de anos atrás. Somente plantas da época e a presença do crocodilomorfo (crocodilo pré-histórico, diferente dos crocodilos e jacarés atuais) Baurusuchus pachecoi, adulto e juvenil, em tamanho real.

Vista parcial de mais uma das salas do Museu, ao fundo o painel que retrata a nossa região há 80 milhões de anos, produzido pelo Me Felipe Alves Elias Paleoartista do projeto PaleoZOOBR.

Crânio do crocodilo pré-histórico Baurusuchus pachecoi, o crocodilomorfo que viveu em nossa região há 80 milhões de anos. Diferente dos crocodilos e jacarés atuais, era de hábitos terrestres, tinha membros locomotores ("pernas") alongadas e postadas embaixo do corpo e não curtas e lateralizadas como os atuais, seus olhos eram dispostos nas laterais da cabeça podendo alcançar até 4 metros de comprimento. 

Ainda segundo o Professor Cadú; "São inúmeras espécies coletadas na região e em outras localidades do pais. Alguns exemplares foram cedidos pela Agência Nacional de Mineração, órgão ligado ao Ministério das Minas e Energia e responsável pela fiscalização minerária em todo território nacional.

Além dos fósseis de crocodilos pré-históricos, há também no acervo do museu peças fósseis de dinossauros que viveram na região, como ossos de titanossauro e dentes de abelissaurus, lagartos marinhos pré-históricos, mesossauro (um lagarto que viveu antes da era dos dinossauros), troncos fossilizados de pinheiros e de samambaias arborescentes de 280 milhões de anos, inúmeros invertebrados que chegam a ter idade estimada de 400 milhões de anos. 

Várias espécies de peixes pré-históricos de 110 milhões de anos (provenientes da Chapada do Araripe, região Nordeste do Brasil), dentre outros fósseis, como ovos e fezes fossilizadas do crocodilo pré-histórico Baurusuchus pachecoi."  


Museu de Paleontologia "Professor Cristóvão Souza de Oliveira"
Estação Ferroviária - Av. Afonso Cafaro, 3860 - Fernandópolis, SP, 15600-000

Serviço:
O museu de Paleontologia de Fernandópolis funcionará na próxima segunda-feira (23/12/2024) e sexta-feira (27/12/2024), das 8h às 11h, e das 13h às 17h; e no dia 30/12/2024, das 8h às 11h e das 13h às 17h. 

No início de 2025 o local terá abertura diária ao público das 08h até às 17h, com entrada gratuita. Gradativamente novas peças serão colocadas em exposição.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

Operadoras podem ativar '5G puro' em todo o Brasil, mas só 18% das cidades têm antenas compatíveis; Votuporanga é uma delas.

Dados da Anatel mostram que, dos 5.570 municípios brasileiros, 1.022 têm antenas 5G, mas isso não garante que elas estejam em funcionamento. Operadoras têm até 2029 para levar tecnologia para todo o país.

Veja abaixo o mapa e a localização das antenas de telefonia celular em nossa cidade. 

Os dados da Anatel se referem a antenas licenciadas, mas não há garantia que elas realmente estejam em funcionamento. Por isso, não é possível dizer quantas cidades, de fato, têm o sinal ativo.